sábado, 24 de janeiro de 2009

O UNIVERSITÁRIO: TRANSFORMADOR DE REALIDADES

Todo molde é, redundantemente falando, estático. Na tentativa de enquadrar o perfil de um grupo social (classe discente universitária em debate) acabamos por desconsiderar as particularidades (regionalismos, por assim dizer) e as projeções (evoluções, progressos culturais, intelectuais) que possivelmente podem se realizar. Nesse contexto, não me ocupo a ditar regras e normas a serem seguidas para que um universitário se torne "louvável". Contudo, as idéias aqui contidas devem ser mero instigador da criticidade e da reflexão na busca por uma universidade e sociedade pluralistas, ativas, conscientes...

A passividade e a atividade são caminhos diversos. Na escolha de um desses lados, define-se uma identidade e tem-se como consequência a subserviência ou a autonomia. Para ser inócuo, o nada basta. Para a eficiência, o tudo deve ser constantemente buscado. Um ser influente, capaz de fazer a sua história e a de sua comunidade ao encontro do bem-estar coletivo (e esse é o caso do universitário), deve dotar-se de atributos, entre os quais destaca-se o conhecimento (fruto do "processamento" introspectivo da informação). E aqui não se deve pensar conhecimento unicamente como aquele encerrado em literaturas, periódicos, enfim; mas sim como a faculdade de entender o mundo a sua volta, de realizar leituras das entrelinhas dos acontecimentos e de utilizar as "ferramentas" que estão a disposição para intervir nessa realidade.

É assim que se inicia um diálogo. A necessidade de respostas ou considerações concernentes a um tema:

QUAL É O PAPEL DO UNIVERSITÁRIO NO AMBIENTE ACADÊMICO?
QUAL A FUNÇÃO DO UNIVERSITÁRIO NA SOCIEDADE LOCAL, REGIONAL E/OU GLOBAL?

Mas também é dessa forma que esse texto deve assumir um contexto, idealizado e concretizado por cada um (estudante universitário) que o lê.

DÊNIS VINÍCIUS FARIAS PALMEIRA
Discente da UNEAL/Campus II
Curso de Ciências Biológicas

3 comentários:

Anônimo disse...

" Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar e tempo para arrancar o que foi plantado.... eclesiastes3.1-2
a GREVE tem o seu lado positivo e negativo como em tudo na vida tem o seu lado oposto e os resultados depende do ponto que vc vai observar e dá mais enfase, tudo é quetão de escolha

graças a Deus que chegou ao fim, a guerra não foi vencida só algumas BATALHAS estamos no inicio e o bom da vida é isto o eterno fim e recomeço
para tudo há um tempo: tempo de greve agora galera é de TEMPO DE AULA ebaaaaaaaaaaaaaaaaaa!! discentes e docentes da UNEAL sejamos todos bem vindos a voltar aos trabalhos, seminarios, provas e quebra de cabeça eita vida boa saudades de todos....Que o autor da vida nos de muita luz, força e sabedoria...

Anônimo disse...

Pois é Denis, em seu livro Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire já nos indagava: "Que é mesmo a minha neutralidade senão a maneira cômoda, talvez, mas hipócrita, de esconder minha opção ou meu medo de acusar a injustiça? “Lavar as mãos” em face da opressão é reforçar o poder do opressor, é optar por ele. Como posso ser neutro diante da situação, não importa qual seja ela, em que o corpo das mulheres e dos homens vira puro objeto de espoliação e de descaso?"

E ele diz mais: "Um dos piores males que o poder público vem fazendo a nós, no Brasil, historicamente, desde que a sociedade brasileira foi criada, é o de fazer muitos de nós corrermos o risco de, a custo de tanto descaso pela educação publica, existencialmente cansados, cair no indiferentismo fatalistamente cínico que leva ao cruzamento dos braços. 'Não há o que fazer' é o discurso acomodado que não podemos aceitar."

Nós, discentes e docentes, pudemos corroborar com Freire, mostrando que realmente "há o que fazer", e que é possível fazer. Parabéns a todos nós, pela luta e amadurecimento que conquistamos durante todo esse estressante processo (estressante para quem esteve nele, é claro!).

Conceição Dias disse...

Parabéns pelo texto Denis!
Após todo esse processo de luta em defesa da Uneal, o qual docentes e discentes vivenciaram, há que se refletir sobre o que o Estado de Alagoas reserva em termos de educação de qualidade aos seus jovens, principalmente os de contextos rurais. Sua reflexão é, deveras, oportuna para nos mantermos atentos aos compromissos assumidos pelo governador a fim de obtermos uma IES melhor estruturada, comprometida com o conhecimento nas suas mais diversas esferas do saber, bem como a sua atuação junto aos anseios e demandas da sociedade. O que não podemos desconsiderar neste contexto é o papel da educação à luz da relação hegemônica mantenedora do "status quo". O que significa um aprendizado que já iniciamos e que encontra-se ancorado no ciclo de negociação e re-negociação de interesses, ora divergentes, ora convergentes existentes na sociedade.
Parabéns a todos nós que fizemos parte dessa luta e desse aprendizado.